quarta-feira, 8 de março de 2017

POEMA (NÃO) DATADO



Não dato este poema
de Água Derramada
porque não estou lá,
perto de Grândola.

Tampouco de Nova Iorque
porque nunca lá passei,
bem como da Lua,
que vejo sempre daqui.

Não há outra forma,
havendo uma data delas:
tudo e nada,
ganhar tempo e perdê-lo.

Este poema leva
uma data de tempo
em que permaneço
por aqui, no universo.